Prova de Outubro com condições fracas
A prova de Outubro estava inicialmente prevista para 5 e 6 de Outubro. A meteorologia neste fim de semana ainda tinha sabor de verão, com as suas inversões térmicas baixas. O que não permite condições para ter ascendência térmica. Adiou-se a prova por 2 semanas, para o fim de semana de 19 e 20 de Outubro.
Manga de sábado cancelada por falta de condições meteo para ter competitividade
Chegados à nova data, a previsão meteorológica parecia que ia permitir um tecto de 800m, ainda que não sendo fantástico, dava para trabalhar. O vento prometia ser fraco, com tendência a vir de leste, mas ainda com alguma componente de nordeste.
No entanto não foi isso que se verificou.
O vento meteo estava de leste. Não assegurava segurança e condições para fazer distância sem o risco de aceleração pelo efeito de Venturi.
Tentámos escapar recorrendo a um voo para o norte. O local escolhido foi o Lombo do Mouro, alternativo à Bica da Cana, para voar para São Vicente e depois fazer distância.
Uma das opções era distância livre, ou seja, ver que conseguia ir mais longe desde a descolagem, independentemente da direção.
A outra opção era definir um golo específico e ver quem chegava lá mas em modo sprint, fazendo o percurso mais rápido.
Não havia condições para fazer corrida ao golo pois só dava para descolar 1 de cada vez e teria de voar para São Vicente. Não havia sustentação para ficar à espera do start.
Havia nuvem no vale e havia nuvem na costa, ambas com base nos 800m e cerca de 150m de espessura. A nuvem do vale indiciava que a nuvem iria crescer e fechar completamente a passagem.
Decidiu-se que não dava para competir, apenas para lazer.
Mais tarde confirmou-se que para leste não se passaria da Ponta Delgada em segurança. E não se conseguia passar em direção ao Seixal devido a uma descendente forte.
O voo ficou confinado entre as Lombadas da Ponta Delgada e São Vicente. O que de facto não permitia diferenças competitivas. Logo foi bem cancelada a manga.
Todavia deu um voo de grande beleza, como o norte da ilha consegue proporcionar.
Domingo apostou-se nos Canhas para descolagem.
A manga prevista começava com "piscinas" na Madalena e depois criando triangulações entre o Arco da Calheta, Canhas e finalmente golo na Casa das Mudas.
Marcou-se subida para a descolagem pelas 12.00h para ter mais insolação mas na verdade o que aconteceu foi encobrir com nuvem e impedir a actividade térmica.
Ainda tentámos mas só a primeira parte do trajecto é que foi possível realizar. A passagem da Madalena para o Arco da Calheta estava difícil.
O Duarte Mendonça ainda conseguiu passar e foi o melhor do dia, mas não havia ascendência para chegar às antenas do Rochão.
A segunda melhor do dia foi a Ivone Silva, que realizou a parte da Madalena do Mar terminando com a baliza do "Costa Verde".
Em terceiro ficou o Vasco Monteiro, que se estreia na competição com o Nível 2 "fresquinho da lata", prometendo continuar a aparecer neste lado da tabela.
No entanto, havendo pouco trajecto realizado, a prova deu muitos poucos pontos.
Fica o alento de ter dado a primeira experiência em prova para vários pilotos nível 1 e um belo voo na costa norte.
No campeonato continua o Duarte Mendonça à frente, seguido do Antonio Freitas e com a Ivone Silva a fechar o pódio.